Criticar as doutrinas de Confúcio e Mêncio para consolidar a ditadura do proletariado, de Hung Kwang-szu [Peking Review, nº 16, 18 de abril de 1975, pp. 4-6

 Criticar as doutrinas de Confúcio e Mêncio para consolidar a ditadura do proletariado

por Hung Kwang-szu

Traduzido por Soldado SD

NOTA DO EDITOR: O texto abaixo trata sobre as doutrinas reacionárias de Confúcio e Mêncio, as criticando e interligando o debate com a questão de como consolidar a ditadura do proletariado e trilhar o caminho da luta contra o revisionismo, ainda sob o regime socialista.

[Este artigo foi reimpresso da Peking Review, nº 16, 18 de abril de 1975, pp. 4-6].

O PRESIDENTE Mao recentemente apontou: "Por que Lênin falou em exercer a ditadura sobre a burguesia? É essencial esclarecer essa questão. A falta de clareza sobre essa questão levará ao revisionismo. Isso deve ser divulgado para toda a nação". Essa diretriz é de grande importância em nossa luta para combater e impedir o revisionismo e consolidar a ditadura do proletariado. Ela também deixa mais clara a orientação do movimento para criticar Lin Piao e Confúcio.

Como a sociedade socialista acabou de emergir do ventre da sociedade capitalista, ela inevitavelmente carrega muitas "marcas de nascença" da antiga sociedade. Essas "marcas de nascença" não apenas permitem que a velha burguesia continue a existir e a realizar atividades nefastas, mas também servem como focos para gerar novos elementos burgueses e o solo para a reprodução do revisionismo, além de fornecer as condições para a restauração capitalista. Para impedir essa restauração, o proletariado não só deve vencer a resistência das classes latifundiárias e capitalistas derrubadas e se proteger contra a subversão e a agressão do imperialismo e do social-imperialismo, como também deve lutar contra os novos elementos burgueses e, passo a passo, varrer o solo que engendra o revisionismo e criar condições nas quais será impossível a existência da burguesia ou o surgimento de uma nova burguesia.

Para consolidar a ditadura proletária e desenvolver o sistema socialista e, passo a passo, eliminar as "marcas de nascença" da velha sociedade, o povo chinês, sob a liderança do Partido Comunista Chinês, encabeçado pelo Presidente Mao, lutou repetidamente nos últimos 20 anos contra inimigos nacionais e estrangeiros e travou uma luta incansável contra a ideologia de todas as classes exploradoras, especialmente as doutrinas de Confúcio e Mêncio. Essa luta foi ampliada e aprofundada como resultado da Grande Revolução Cultural Proletária e do movimento de crítica a Lin Piao e Confúcio. Já conquistamos grandes vitórias e fizemos grandes conquistas, mas, como disse o grande revolucionário e escritor Lu Hsun (1881-1936): "Ainda não há fim para a luta, e o velho refrão será cantado repetidamente." Para consolidar a ditadura do proletariado e desenvolver o sistema socialista, devemos continuar a aprofundar nossa crítica à linha revisionista contrarrevolucionária de Lin Piao e às doutrinas de Confúcio e Mêncio - o "velho refrão" contrarrevolucionário "cantado repetidamente" por Lin Piao e seus semelhantes.

As doutrinas de Confúcio e Mêncio são a expressão mais concentrada dos conceitos tradicionais de propriedade privada da China antiga. Elas são um sistema ideológico reacionário que incorpora o pensamento antigo, a cultura antiga e as tradições antigas. Eles se espalharam por toda a China por mais de 2.000 anos e os reacionários do passado os adaptaram e remodelaram continuamente para serem usados para governar e corromper o povo e manter a base econômica decadente e o governo político reacionário. As ideologias de todas as classes exploradoras moribundas ao longo da história são da mesma linhagem e idênticas. Originalmente, as doutrinas de Confúcio e Mencius eram a ideologia da classe escravagista em declínio da China antiga. Quando a classe proprietária feudal se tornou conservadora e reacionária após assumir o controle da classe proprietária de escravos, ela adotou as doutrinas de Confúcio e Mêncio para se salvar e as transformou na ideologia da classe proprietária. Comprometendo-se com a classe proprietária, a fraca burguesia da China assumiu o poder e transformou essas doutrinas em armas ideológicas reacionárias para defender seus próprios interesses políticos e econômicos. Os conceitos de direito burguês, desde as ideias de propriedade privada e hierarquia até as atitudes em relação ao trabalho físico e mental e assim por diante na China, podem, sem exceção, ter suas raízes nas doutrinas de Confúcio e Mencius. Os agentes latifundiários e capitalistas dentro do Partido também assumiram essas tradições decadentes da classe escravagista em declínio e das classes latifundiárias e capitalistas em declínio.

As doutrinas de Confúcio e Mêncio são doutrinas de restauração. "Contenha-se e retorne aos ritos" foi o programa reacionário de Confúcio para restaurar o sistema escravista. Seus "ritos" eram o sistema hierárquico da sociedade escravocrata e os rituais e cerimônias relacionados. Todas as forças sociais podres subseqüentes também invariavelmente exibiram essa bandeira maltratada ao se oporem a um novo sistema social. Para "se conter e voltar aos ritos", os reacionários sempre atacam o novo poder político revolucionário enquanto gritam sobre o chamado "governo pela benevolência" e "governo pela virtude" que Confúcio e Mencius defendiam. Durante o período do socialismo, as classes latifundiárias e capitalistas, que querem recuperar seu "paraíso" perdido e restaurar seu sistema canibal de "ritos" sob os quais exploraram e oprimiram o povo trabalhador, também agitam a velha bandeira esfarrapada do "governo por benevolência" para se opor à ditadura do proletariado.

Os líderes das linhas oportunistas dentro do nosso partido, em seus ataques selvagens à ditadura do proletariado, usaram a ideologia da escola confucionista como arma. Em seu sinistro livro Self-Cultivation [Autocultivo], impregnado de veneno confucionista e menciano, Liu Shao-chi disse aos comunistas para aprenderem a chamada "lealdade e tolerância", "responder ao mal com virtude" e "exercer benevolência e amor" em relação à classe capitalista e não exercer a ditadura do proletariado. Lin Piao também agitou a falsa bandeira da "benevolência, retidão e virtude" quando atacou freneticamente a ditadura do proletariado. Ele caluniou a ditadura do proletariado como um "moedor de carne" e gritou que "aquele que confia na virtude prosperará e aquele que confia na força perecerá", e fez um alarde sobre "benevolência, retidão e virtude" e assim por diante. Isso diz ao povo revolucionário, de um ângulo negativo, que se eles quiserem consolidar a ditadura do proletariado e impedir uma restauração capitalista, devem criticar profundamente as doutrinas de Confúcio e Mêncio. Como disse o Presidente Mao: "Nossa relação com eles não pode, de forma alguma, ser de igualdade. Pelo contrário, é uma relação em que uma classe oprime a outra, ou seja, a ditadura do proletariado sobre a burguesia. Não pode haver nenhum outro tipo de relacionamento, como o chamado relacionamento de igualdade ou de coexistência pacífica entre as classes exploradoras e exploradas, ou de bondade ou magnanimidade".

As doutrinas de Confúcio e Mêncio são doutrinas de retrocesso. O período histórico do socialismo é um longo processo de luta entre o comunismo nascente e o capitalismo moribundo. É um caso de avanço ou retrocesso. Se apoiamos vigorosamente e desenvolvemos ativamente as coisas recém-nascidas que representam a direção em que a sociedade avança ou se as suprimimos e erradicamos, se restringimos e eliminamos gradualmente o direito burguês e outras "marcas de nascença" da velha sociedade ou se as protegemos, reforçamos e continuamos a expandi-las, é uma faceta importante da luta entre as duas linhas dentro do Partido. É uma questão importante de consolidar e fortalecer a ditadura do proletariado ou destruir e enfraquecer essa ditadura. Somos obrigados a nutrir e desenvolver com entusiasmo as coisas recém-nascidas se quisermos consolidar e fortalecer a ditadura do proletariado e superar e eliminar ativa e gradualmente as "marcas de nascença" da velha sociedade. Essa é uma revolução ampla e profunda. As doutrinas de Confúcio e Mencius, que defendem o apego ao velho, a restauração e o retrocesso, devem ser demolidas e os conceitos tradicionais das classes exploradoras devem ser destruídos; somente então os novos caminhos do proletariado poderão ser estabelecidos e o espírito revolucionário comunista poderá entrar em ação. Liu Shao-chi, Lin Piao e seus semelhantes usaram a "doutrina da média", que se opõe às mudanças sociais, e todo um conjunto de outras ideias malcheirosas, como "aquele que se destaca no aprendizado pode ser um oficial", "os mais altos são os sábios e os mais baixos são os estúpidos", ", "aqueles que trabalham com a mente governam, aqueles que trabalham com as mãos são governados" e "os homens são superiores às mulheres" - tudo lixo das doutrinas de Confúcio e Mêncio - para salvaguardar e expandir o direito burguês e se opor às novidades socialistas em sua vã tentativa de deter a maré histórica da revolução socialista. Os exemplos maciços de coisas novas socialistas que cresceram por meio da luta mostram que as doutrinas de Confúcio e Mêncio devem ser profundamente criticadas se o papel das coisas novas na consolidação e no fortalecimento da ditadura do proletariado for levado a sério.

As doutrinas de Confúcio e Mêncio são doutrinas de venda do país. A história da luta de classes na China por mais de 2.000 anos nos diz que a maioria dos reacionários que defendiam a restauração e o retrocesso tomaram o caminho da capitulação e da traição ao país. Na história moderna e contemporânea, os líderes dos reacionários, como Tseng Kuo-fan* (1811-1872), Yuan Shih-kai** (1859-1916) e Chiang Kai-shek, eram todos fiéis seguidores de Confúcio e lacaios do imperialismo. Os líderes de linhas oportunistas, como Liu Shao-chi e Lin Piao, também buscaram o apoio do imperialismo e do social-imperialismo para subverter a ditadura do proletariado e restaurar o capitalismo. Isso foi determinado pela natureza reacionária e fraca de sua classe. Deve-se observar que, enquanto esses traidores estavam vendendo a soberania e a independência da pátria aos agressores, eles falavam sobre "benevolência", "ritos" e outras baboseiras de Confúcio. O Presidente Mao apontou claramente em sua obra Sobre a Nova Democracia: "A cultura imperialista e a cultura semifeudal são irmãos devotados e formaram uma aliança cultural reacionária contra a nova cultura da China. Esse tipo de cultura reacionária serve aos imperialistas e à classe feudal e deve ser eliminado. A menos que seja destruída, nenhuma nova cultura de qualquer tipo poderá ser construída. Não há construção sem destruição, não há fluxo sem represamento e não há movimento sem descanso; os dois estão presos em uma luta de vida ou morte." Para defender a unidade e a independência de nossa pátria socialista sob a ditadura do proletariado, para nos opormos à subversão e à possível agressão do imperialismo e do social-imperialismo, devemos criticar profundamente as doutrinas de Confúcio e Mêncio.

As doutrinas de Confúcio e Mêncio sempre estiveram ligadas ao destino histórico das classes reacionárias em declínio e servem a todas as forças sociais mais obscuras. Nessas doutrinas, há uma linha ideológica e política reacionária que defende a restauração, o retrocesso e a traição nacional, e essas doutrinas podem se fundir com o fascismo de Chiang Kai-shek e também com o revisionismo de Liu Shao-chi e Lin Piao. Elas podem ser utilizadas pela classe dos proprietários feudais e pela velha burguesia, bem como pelos novos elementos burgueses que se opõem ao socialismo. Guiados pela teoria marxista sobre a ditadura do proletariado e tomando posse da essência reacionária e da base ideológica das doutrinas de Confúcio e Mêncio, que defendem a restauração, o retrocesso e a traição nacional, devemos criticar minuciosamente essas doutrinas. Isso ajudará a eliminar, passo a passo, o solo que engendra o revisionismo, criará condições nas quais será impossível a existência da burguesia ou o surgimento de uma nova burguesia e consolidará e fortalecerá a ditadura do proletariado.